O Ministério da Saúde, com a Sociedade Brasileira de Radiologia, emitiu uma nota no dia 12 de julho, sobre a necessidade de racionamento, em escala mundial, do uso de contrastes radiológicos para exames e procedimentos médicos, em decorrência do desabastecimento deste e mais 14 medicamentos por parte dos fabricantes dos produtos.
Diante da atual situação, as demandas de exames externos serão temporariamente suspensas no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna, mantendo sua realização para pacientes internados e vítimas de acidentes, atendidos na unidade hospitalar, até que o suprimento deste insumo no Brasil seja normalizado em todos os hospitais.
Os meios de contraste são muito utilizados em exames de radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas do setor de Bioimagens da unidade hospitalar. A escassez do insumo, causada pela pandemia da Covid-19, poderá impactar diretamente no atendimento aos exames com imagem.
No Hospital de Base, o consumo médio mensal é de 30 ressonâncias com contraste e 30 tomografias, baseado no uso interno e externo, a partir dos exames que são regulados para a unidade hospitalar.
A coordenadora da farmácia do Hospital de Base, Dioney Guimarães, destacou que grandes avanços nos diagnósticos de exames por imagem se deram a partir do uso dos contrastes radiológicos.
“Desde que descobertos, cresce o uso a cada ano, pois, definem melhor a visualização entre os órgãos de tecidos moles, diferenciando características importantes e também das estruturas densas como os ossos. A crise por falta de insumos farmacêuticos impacta diretamente em várias áreas do cuidado e manutenção da vida humana”, disse.
O Ministério da Saúde informa que “continua atuando em conjunto com a Anvisa, estados, municípios e representantes das indústrias farmacêuticas para articular ações de enfrentamento ao desabastecimento de insumos hospitalares no país”.