Trabalhadores da Tel Telemática cruzaram os braços ontem (30), pela manhã em frente à empresa em Itabuna. Eles protestaram contra os constantes atrasos de salários e cobraram o pagamento do décimo terceiro.
Integrantes do Sintell (Sindicato Dos Trabalhadores em Telecomunicações da Bahia) também estiveram presentes na manifestação. Em entrevista ao jornalista Oziel Aragão, um dos diretores, Braz, disse que os funcionários cobram, ainda, o reajuste salarial. O pagamento do décimo terceiro, cuja primeira parcela deveria ser paga ontem, 30, não foi realizado até o momento.
Além disso, segundo Braz, o acordo coletivo não foi cumprido. “Não sabemos nem se vão pagar o décimo terceiro salário. O trabalhador reclama, a empresa informa que não tem dinheiro e que vai fazer empréstimo”, disse Braz.
Funcionários também reclamam do retroativo. “Eles não pagaram o FGTS que está em atraso desde o mês de dezembro. Além disso, estamos trabalhando sem acesso às ferramentas. A gente não consegue ver os contratos dos clientes. A gente não consegue identificar o que o cliente tem e o que ele deixa de ter. A gente é obrigado a ofertar produto que a gente nem sabe que o cliente tem ou não”, denunciou um funcionário.
Outra trabalhadora denunciou que a empresa bloqueou o acesso dos funcionários, que não conseguem logar nem registrar o ponto. “A gente está aqui, mas para a empresa a gente não está e aí a gente não recebe pelo dia trabalhado”.
Nas redes sociais, chovem reclamações de funcionários da Tel após o vídeo do movimento postado por Oziel Aragão em sua página no Instagram. “Pra pagar nossas contas todo mês é uma angústia, sem saber se vamos receber nosso dinheiro no dia correto. Eles sempre deixam pra pagar no 5º dia útil, e sempre arrumam uma desculpa pra não depositar nosso salário. Parabéns aos colegas que deram a cara a tapa e se arriscaram por todos”, disse uma trabalhadora.
Outra pessoa disse que conseguiu trabalhar na empresa durante três meses. “Logo pedi demissão… vejo que fiz o correto! Parabéns a todos que estão reivindicando seus direitos”.
Os trabalhadores ainda se queixam que são vítimas constantes de assédio moral.