A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia manteve a decisão que absolveu Raimundo Nonato Tavares, o ex-jogador Bobô, diretor-geral da Sudesb (Superintendência dos Desportos da Bahia), e Nilo dos Santos Júnior, ex-diretor de operações do órgão, pela morte de sete pessoas na chamada tragédia do estádio da Fonte Nova, no dia 25 de novembro de 2007.
A decisão foi proferida nesta quinta-feira pela desembargadora Aidil Conceição.Em agosto de 2009, o juiz substituto da 10ª Vara Crime de Salvador, José Reginaldo Nogueira, já havia negado a responsabilidade dos dois pelo crime de homicídio culposo – sem intenção de matar – na ruptura de um degrau da arquibancada da arena, durante a partida entre Bahia e Vila Nova, pela Série C do Brasileiro, cuja manutenção era da Sudesb. Dois dias depois, o Ministério Público estadual apelou.
Após a nova decisão, o ex-jogador Bobô – um dos líderes do Bahia na conquista do Brasileiro de 1988, atuando sempre naquele estádio – declarou que a justiça foi feita e que não gostaria de se alongar sobre o tema. "Não tem nada para comemorar, afinal foram sete vidas nessa história toda, mas estou tranquilo e feliz com o resultado, que era o que a gente esperava".
O engenheiro Nilo Júnior foi exonerado do cargo depois do desabamento. Na época, garantiu ter avisado ao então chefe, Bobô, do estado de conservação da praça esportiva.