Debate com reflexões, ideias para cuidar da nossa juventude a partir do Programa de Governo Participativo e da construção diária, para além do momento eleitoral. Essa foi a proposta abordada na primeira Live na Laje, realizada na tarde dessa quinta-feira (15), no bairro Pedro Jerônimo. Participaram o professor de história e fundador do Projeto Encantarte, Egnaldo França, a professora de sociologia e líder do Coletivo Levante Popular da Juventude, Bruna de Melo, a licencianda em Dança-UFBA, Tâmela França, e a percussionista do Projeto Encantarte, Emily França.
Itabuna possui um dos maiores índices de violência e desemprego entre os jovens (14 a 29 anos). Devido à pandemia da Covid-19, o cenário tornou-se desesperador para a juventude, tendo em vista a falta de projetos de cultura e lazer, como os que eram realizados pela Fundação Marimbeta, oportunizando aos jovens aulas de dança, música e computação gráfica entre outros.
“Vamos botar essa cidade para pulsar. Ganhar a disputa com outras forças, que querem aliciar nossa juventude. O lugar do jovem será nas escolas, fazendo cultura, trabalhando e estagiando, se desenvolvendo no esporte… enfim, o jovem terá um governo parceiro”, afirmou Geraldo.
Segundo Egnaldo França, entre os anos de 2002 a 2004, em parceria com o governo de Geraldo Simões o PRUNE (Pré-universitário para Negros e Excluídos), atual PREAFRO, gerou 10 núcleos, em diversos bairros de Itabuna, atendendo jovens que não tinham oportunidade de pagar a um cursinho pré-vestibular para estudar no ensino superior.
A cientista social Bruna Melo enfatiza a importância de política públicas, uma juventude com igualdade de oportunidades que tenham voz para ir além da participação no processo eleitoral, com sentimento de pertencimento e valorização pela gestão. “A eleição é a oportunidade de aprofundar o debate sobre o que queremos. A política não se resume ao momento do voto. O jovem vai lutar pelo seu espaço”.
Esse posicionamento é compartilhado pelo candidato a vice-prefeito, Jairo Araújo. Para ele, chegou o momento de um governo garantir ao jovem o protagonismo nos espaços de poder e de decisão. “É uma questão de pertencimento. O jovem precisa sentir que é parte e se apropriar desses espaços, que são seus. A política e a gestão são lugares de todo o povo, e isso inclui os jovens”.
Para Emily França, os jovens não querem, por exemplo, ser direcionados apenas aos cursos profissionalizantes voltados para áreas de beleza, como manicure, cabeleireiro e corte e costura. “Não que nós não sejamos gratas e não entendamos a importância desses cursos para a transformação de muitas vidas. Mas é que queremos mais, queremos explorar outras áreas, queremos cursos técnicos em administração, designer e computação gráfica, por exemplo”.
Para Geraldo, “a campanha é a oportunidade para aprofundamos, conhecer a realidade e analisar por onde vamos seguir”, observou. “Esse bate-papo nos mostrou que, a partir de nosso Programa de Governo vamos proporcionar a oportunidade de desenvolvimento de potencialidades, da criatividade, com apoio da prefeitura no campo do empreendedorismo, por meio da economia solidária, consultoria da Uesc e suporte do Banco do Povo”, finalizou Geraldo.