Do site 247

 

Em mais uma etapa de sua viagem pelo Nordeste, o ex-presidente Lula participou na noite desta quarta-feira (25) de um encontro com movimentos sociais e lideranças políticas da Bahia e disparou contra Jair Bolsonaro, um presidente “incivilizado”, segundo o petista.

Lula apontou quem são os responsáveis pela chegada de Bolsonaro ao poder: aqueles que deram um golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 e promoveram uma perseguição judicial contra ele nos anos seguintes.

“O Brasil não merecia alguém tão ignorante, tão incivilizado. O Brasil não merecia alguém que não é capaz de fazer um discurso de três minutos porque não tem argumento, e por isso ele é obrigado a fazer fake news e contar seis mentiras por dia. Não merecemos isso e sabemos quem é o culpado disso: o ódio contra Dilma na campanha de 2014, a cassação injusta dela com o impeachment, a tentativa de destruir minha imagem perante a opinião pública”, afirmou.

Brasil: pária internacional

O petista falou do desgaste da imagem brasileira no exterior promovida pelo atual governo e ironizou a visita do presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, a Bolsonaro. “Não tem um presidente civilizado que queria vir aqui, e não tem nenhum presidente civilizado que queira recebê-lo [Bolsonaro]. Ontem ele precisou mandar um avião da FAB buscar o presidente da Guiné-Bissau, que é igual ele, de extrema direita. O Bolsonaro mandou buscar ele para poder colocar na biografia dele que ele recebeu um presidente da República. O nosso país não merece essa humilhação, não merece ser tratado como uma ‘republiqueta’. Nosso país é muito grande, nós já fomos a sexta economia do mundo”

Ainda na temática internacional, Lula disse que, se eleito, voltará a priorizar as relações do Brasil com a África e a América do Sul. “A ganância da elite brasileira é uma só: se submeter aos caprichos norte-americanos, tanto é que nosso presidente bateu continência para a bandeira americana. Se a gente voltar a governar esse país, a gente vai voltar a ter uma relação privilegiada e prioritária com o continente africano, a gente vai fortalecer a América do Sul.”

“Estou convencido de que nós poderemos reconstruir esse país e voltar a fazer esse país ser respeitado no exterior”, disse também