O jornal Agora desse fim de semana traz como manchete o rompimento nada amigável do secretário da Saúde de Itabuna, Geraldo Magela, com a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab).
Magela encaminhou ofício ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pedindo descredenciamento da saúde itabunense da Sesab, acusando o órgão estadual de trabalhar para afundar o setor no município.
Ele garante ter apoio dos prestadores de serviço dos setores público e privado. No ofício, Magela pede que o próprio Ministério faça o repasse das verbas diretamente ao município, contratualizando serviços e gerindo o sistema hoje assumido pela Sesab, após a perda da Gestão Plena, em 2008.
Na verdade, a proposta é para uma Gestão Plena disfarçada de intervenção federal. Pelo menos uma tentativa de encurtar o caminho para a volta do Comando Único, já que o Governo Federal não iria querer essa tarefa por muito tempo e logo proporia a (re)municipalização dos serviços. A aposta de Magela é que com o ministério as conversas posam ser mais amigáveis.
Quem deve estar “se rindo” – como diria um amigo – é o ex-diretor do Hospital de Base, José Leopoldo dos Anjos. Ele foi defenestrado do cargo porque se negou a assinar um documento em que a Sesab propunha bases duras para a liberação de uma verba adicional para a saúde itabunense.
Ele chamou o contrato de ‘morte do sistema de saúde local’, se negou a assinar e o prefeito Azevdo acabou por demiti-lo, para garantir a autoridade, com o argumento de que, com a Sesab, não brigaria. Não demorou um mês para que a vingança de Leopoldo se concretizasse.
Foi praga de ex?
Às 17h54min: conforme alerta do leitor Carlos Góes, retificado o nome do homem: Geraldo Magela.
