Depois do trabalhador rural Sinvaldo Santos de França, de 48 anos, que sobreviveu à tentativa de suicídio, mas não resistiu a uma infecção adquirida no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, (relembre aqui ), o jovem Esmeraldo dos Santos Souza, de 22 anos, parece ser mais uma vítima do precário serviço de atendimento à saúde oferecido pela instituição.
Neste domingo, por volta das 15 horas, Esmeraldo dos Santos, funcionário da empresa Meta de Itabuna, morreu após ficar internado por oito dias no Hospital de Base. O acidente ocorreu quando o jovem perdeu o controle da moto que pilotava na BR-101, quando se deslocava do distrito de Ruinha de São Cristóvão, no município de Itajuípe, para a cidade de Itabuna, no dia 8 deste mês.
De acordo com os familiares, durante o período em que esteve internado seu quadro era estável. Mas ontem, durante o horário de visitas, funcionários do Hospital de Base informaram que Esmeraldo dos Santos havia morrido, sem maiores explicações.
Todos ficaram perplexos com a notícia, pois esperavam que o jovem recebesse alta, já que o seu estado já não era grave. A família informou à nossa reportagem que o hospital não explicou a causa da morte.
O Trombone entrou em contato com o setor de assistência social do HBLEM, para ouvir daquela instituição algum esclarecimento sobre o fato. Porém, a pessoa que atendeu à ligação, que não fez questão de se identificar, comunicou apenas que o corpo foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Itabuna, como seria mesmo o procedimento, já que o jovem sofrera acidente automobilístico e falecera em razão disso.
Ainda assim, a reportagem insistiu e enfatizou o fato de que Esmeraldo dos Santos estava internado no hospital desde o dia 8 de agosto e que, segundo os familiares, sem correr maiores riscos em virtude apenas dos ferimentos causados pelo tal acidente. A pessoa do serviço social, porém, reiterou que contava somente com a informação do traslado para o DPT, por se tratar de morte violenta.
Mas, do hospital de Base, continua o mistério: ninguém informa a causa da morte. A esperança, agora, é o relatório do médico-legal.