A primeira turma de estudantes do último semestre de Enfermagem, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), iniciou na última quarta-feira (11) o estágio supervisionado que terá a duração de três meses, em setores estratégicos da instituição.
Esta turma é pioneira neste modelo de estágio regulado pela Escola de Saúde Pública da Bahia, cuja missão é integrar as ações de todos os níveis de formação em saúde promovendo a capilarização das ações da saúde e contribuindo com os processos de regionalização e interiorização dos serviços de saúde e educação em saúde.
A coordenadora do Núcleo de Educação Permanente do hospital, Ayalla Rodrigues, destaca que esta turma pioneira é formada por 26 estudantes. “Este é o estágio que tem uma importância grande, por que é quando realmente o estudante passa a se enxergar como um enfermeiro gestor, com um olhar mais administrativo e não só assistencial”, explica.
No primeiro dia da ação, Kayne Nascimento Teixeira, de 24 anos, já acompanhava as ações na Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCA). Ela lembra que seu projeto inicial era seguir a carreira militar. Natural do município de Santa Cruz da Vitória, a 104 quilômetros de Ilhéus, o desejo pela enfermagem surgiu quando precisou acompanhar um familiar ao hospital. Hoje se define como uma apaixonada pela pediatria.
“É a área que eu quero seguir”, assegura. Kayne disse ter encontrado no Materno-Infantil de Ilhéus uma referência no atendimento. “Já no primeiro dia percebi que o cuidado não é superficial. É humanizado, feito por profissionais de excelência”, resume.
Referência
Com a unidade conduzida majoritariamente por enfermeiras, a professora de estágio supervisionado da UESC e preceptora da turma, Patrícia Honorato Santos, destaca justamente a dimensão que esse modelo pode dar à turma que está prestes a formar.
“Para eles que estão começando, reforça o olhar sobre a importância da profissão. Porque muitas vezes o aluno não tem noção, ele forma com uma visão muito assistencialista, que o enfermeiro está formando para atuar na assistência. E quando ele vem para um hospital desse, com toda essa organização, gerido majoritariamente por enfermeiras, eles passam a ter essa visão de que podem sair daqui com muito mais oportunidades”, afirma.
Regionalizado e especializado
A professora destaca ainda que o Materno-Infantil de Ilhéus além de ser um hospital regionalizado tem o reforço de, também, ser especializado. “Então pra eles é uma novidade e uma oportunidade única de aprendizado”, comemora. Mais cedo, nesta quarta-feira, toda a turma fez uma visita-guiada pelo HMIJS e conheceu todos os fluxos de atendimento. Kayne era uma das mais animadas. “Estar aqui é grandioso. De início já me deixa apaixonada esse olhar humanizado do hospital que é um modelo vitorioso do Sistema Único de Saúde”, elogia.
Modelo
O Hospital Materno Infantil Dr. Joaquim Sampaio, construído pelo Governo do Estado e administrado pela Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS), conta com 105 leitos destinados à obstetrícia, à gestação de alto risco, pediatria clínica, UTI neonatal e centro de parto normal, integrados à Rede Cegonha e atenção às urgências e emergências, com funcionamento 24 horas e acesso por demanda espontânea e referenciada de parte significativa da região sul da Bahia.