O megaleilão de quatro áreas de petróleo na Bacia de Santos (RJ) teve menos concorrência do que o esperado. Das 14 empresas habilitadas, só sete compareceram ao leilão. Ao final, foram arrematadas apenas duas áreas de exploração. Assim, o leilão arrecadou R$ 70 bilhões, apenas dois terços do total esperado (R$ 106,5 bilhões).
A área de Búzios, a mais cobiçada, teve só uma oferta, feita por um consórcio formado pela Petrobras e duas chinesas. A segunda área de maior interesse, a de Itaipu, ficou com a Petrobras, que foi a única interessada. Veja mais no UOL.
Felipe Coutinho, presidente da Associação dos engenheiros da Petrobras, avaliou o primeiro dia do megaleilão, que considera inoportuno e lesivo:
“O resultado foi o menos pior. Petrobras arrematou os dois blocos onde exerceu preferência, Búzios e Itapu. Em Búzios, com 90% em parceria com chineses. Em Itapu, sozinha. Os blocos de Sépia e Atapu não receberam propostas. Considero que o leilão não deveria ser realizado porque é inoportuno e lesivo ao interesse nacional. Acelera o ciclo extrativo e primário exportador, do tipo colonial, do petróleo cru do Brasil. Os critérios prejudicam o interesse nacional porque não retém a renda petrolífera corrente e potencial, prioriza o pagamento do bônus de assinatura, que é a antecipação descontada da renda petrolífera futura.