O muro que cerca o Estádio Luiz Viana Filho (foto), na rua Juarez Távora, no Banco Raso, apavora a vizinhança e transeuntes. Em tempos de chuva, andar no passeio ao lado do paredão é ainda mais assustador. O motivo do medo generalizado é a grande inclinação do tal muro, projetada para o lado dos passantes.
A reportagem do Trombone procurou a Secretaria do Esporte, Lazer e Cidadania, na manhã de hoje, e conversou com o secretário José Alcântara Pellegrine sobre o problema. O secretário informou que também se preocupou quando notou a inclinação excessiva, e procurou os engenheiros da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur). Foi informado que não há risco de desabamento.
"O muro está feio, esteticamente, demonstrando mesmo que há certo perigo. É preciso ser refeito. Mas, segundo os profissionais que consultamos, não há perigo iminente", afirma Alcântara. Apesar de reconhecer a necessidade de reconstrução do muro, Alcântara observa que não há projeto para isso, por enquanto. "Nossa secretaria não tem verba para fazer o muro, agora".
Porém, o engenheiro Sóstenes Vilas Boas, diretor do Departamento de Projetos e Engenharia da Sedur, que foi consultado por Alcântara se esquiva: disse que não houve nenhum estudo técnico sobre o "muro torto", e que as considerações que a secretaria fez foi na base do olhômetro.
"Não foi feito estudo algum sobre aquilo. O secretário nos procurou e dissemos que apesar de bastante torto, não há risco de desabamentos. Aquilo está assim desde sempre. Mas não cai. A Torre de Pisa também é torta e nunca caiu", comparou.
É verdade, diretor. A Torre de Pisa, um dos monumentos mais visitados do mundo, na Itália, é bem tortinha, mas não caiu até hoje. Mas, nem por isso os engenheiros deixam de fazer o monitoramento constante de suas bases.