No último dia 15 tomou posse a primeira diretoria da Associação Lojista e Comercial do São Caetano (Alosc), entidade que já congrega mais de 150 comerciantes daquele bairro. O presidente da associação, Flávio Barreto, fala em entrevista ao Trombone sobre a expectativa de desenvolvimento do comércio local, que já é o maior entre os de bairro no município.
"O São Caetano será a grande alternativa para a expansão do comércio de Itabuna. Para isso, precisamos lutar pelos investimentos públicos, que hoje se concentram na área central da cidade".
A seguir, a entrevista.
Qual será o papel da Alosc para organizar e expandir o comércio no São Caetano?
O papel principal da Alosc e unir os nossos lojistas no sentido de desenvolver ações que consolidem a posição do comércio do São Caetano como maior e melhor comércio de bairro de Itabuna. Acreditamos que o São Caetano será a grande alternativa para a expansão do comércio de Itabuna.
E o que seria necessário para que essa possibilidade se concretize?
Já temos uma conjuntura bastante favorável, pelas razões que já nos fazem uma expressão no setor de comércio no município. Porém, observamos que os investimentos que estão se concentrando na área central da cidade. Eu diria que uma grande luta nossa seria para não apenas termos obrigações iguais às dos empreendedores da área central, mas também lutar por igualdade nos investimentos do setor público, que criarão as condições para esse desenvolvimento. O São Caetano forte contribuirá para a economia da cidade como um todo.
Vocês também pretendem fazer promoções em datas-chave, como natal, dia das mães, namorados etc, ou a atuação se concentrará nas ações dos lojistas para os lojistas?
A nossa atuação será sempre no sentido de promover especificamente o comércio do São Caetano. Para isso utilizaremos de todas as ferramentas necessárias. A nossa ideia é que, além da nossa adesão às campanhas desenvolvidas pela CDL, que também façamos campanhas visando nosso próprio comércio. Sabemos que uma grande parte dos consumidores da cidade reside aqui na zona sul, então, se conseguirmos fazer com que essa parte da população consuma no nosso comércio, já será uma grande conquista.
O comércio do bairro é muito desenvolvido, e até, de certa forma, organizado. O contraste é aquela feira-livre. Qual a proposta da entidade para melhorar a aparência daquele espaço e atrair mais consumidores?
Temos uma grande preocupação com a nossa feira-livre. Em parte, ela é o segredo do nosso sucesso, pois o nosso comércio gravita em torno dela. Um fato que nos deixou muito tristes e de certa forma decepcionados foi a atuação dos nossos governantes na ocasião do desabamento da cobertura do canal da feira, onde os feirantes, que já tinham uma estrutura bastante organizada, foram deixados ao ‘Deus dará’. Esse sentimento não é só nosso, é de toda comunidade itabunense que consome os produtos adquiridos na nossa feira-livre. Nesse sentido teremos uma atuação bastante forte para defender os interesses dos feirantes. Não ficaremos esperando acontecer o que aconteceu com as feiras do produtor e do centro comercial, que agonizaram até morrer. A nossa feira é prioridade no projeto da diretoria da Alosc.
Com a chegada de grandes redes para o São Caetano, a exemplo da Lojas Maia e agora do Hipermercados Itão, qual será a postura da entidade? Os lojistas locais temem um desequilíbrio na concorrência?
De maneira nenhuma. Os empreendimentos que chegam são sempre bem vindos e têm total apoio do conjunto de lojistas do bairro. Todos os dias somos procurados para viabilizar imóveis para instalação de novas empresas e a relação é a melhor possível. No caso específico do Itão e das Lojas Maia, era um anseio muito grande, devido ao imóvel que antigamente abrigava o Hiper Messias estar sendo utilizado por usuários de drogas. Sem falar que um equipamento daquele, fechado, era um ponto negativo que ainda persistia na nossa principal artéria comercial, que e a Princesa Isabel.
Quantos filiados fazem parte da Alosc?
Nesse primeiro momento estamos conscientizando os lojistas da importância de fortalecermos a Alosc. Hoje a entidade representa mais de 150 estabelecimentos de todos os ramos e dos mais diversos tamanhos. Dizemos sempre aos comerciantes que a nossa união é o que nos torna fortes para conquistar os objetivos individuais e coletivos. Ressaltamos que toda a nossa diretoria trabalhará incansavelmente com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos nossos lojistas e também oferecer um melhor atendimento e uma melhor infraestrutura para os nossos clientes.