O vereador Wenceslau Júnior não ficou nada satisfeito com a participação do presidente da Emasa, Alfredo Melo, na audiência pública que explicaria os supostos aumentos abusivos na tarifa de água em Itabuna.
Não só o comunista ficou insatisfeito. Nos bastidores, teve vereador da base governista classificando a sessão como "uma palhaçada".
Segundo o parlamentar, o dirigente não conseguiu explicar por que vários usuários estão reclamando de diferença na cobrança de até 300% de um mês para outro.
O Trombone conversou com Wenceslau, que se mostrou disposto a esperar por até duas remessas de contas nos próximos meses para voltar à carga contra o que ele considera ser um abuso da empresa.
Quais atitudes o senhor pretende tomar de agora em diante, para resolver essa questão?
Vamos dar um prazo a ele, para que tenha condições de corrigir os erros. Acredito que esperar as contas de abril e de maio pode ser tempo suficiente para a Emasa solucionar esses problemas.
Se isso não ocorrer…
Aí tomaremos nossas providências. O Código de Defesa do Consumidor é claro em relação ao que está ocorrendo em Itabuna. Vamos acionar o Ministério Público e o próprio serviço municipal de defesa do consumidor.
Depois do que foi visto aqui, o senhor tem esperança de que algo mude?
Demos várias chances para ele explicar o que está ocorrendo. Ele saiu pela tangente em todas. Vamos acreditar que haja boa vontade da Emasa para resolver isso. O que pedimos é o que a lei determina: informação do consumo, informação do custo do metro cúbico, da categoria em que o consumidor está inserido. E, principalmente, que o consumidor não pague por um produto que não consumiu.
O que já é impossível, uma vez que o esgoto é cobrado e a Emasa não oferece esse serviço.
Pois é. Para piorar, essa majoração inexplicada nas tarifas de água impacta no valor que é cobrado na taxa de esgoto, o que representa 45% do valor da tarifa da água. Com isso, a conta total vai lá pra cima, aumentando ainda o custo de um serviço que nem é oferecido pela empresa.