A população de Itabuna, e de mais de 160 municípios que mandam para cá seus pacientes, está apreensiva. Se no começo dessa crise havia uma luz no fim do túnel, com a transformação do Hospital de Base em unidade exclusiva para tratamento dos casos de Covid-19, hoje reina a incerteza.
Os casos de contaminação pelo coronavírus se multiplicam e em menos de 15 dias já temos 12 pessoas infectadas numa situação de transmissão comunitária. Só que a luz no fim do túnel, com o Hospital de Base exclusivo para covid, não era exatamente uma saída.
A mudança de posição do prefeito Fernando Gomes em relação ao Base, revelou-se o começo de uma balbúrdia. A solução alternativa, a reabertura do Hospital São Lucas para atender ao que antes havia sido pensado para o HBLEM, revelou-se inviável.
Oficialmente, custo muito alto (R$ 12 milhões) e prazo muito longo para finalização da reforma. No fim das contas, seria uma solução aceitável para o município, que não precisaria se deslocar até Ilhéus em busca de uma unidade de referência em covid-19 pelo SUS.
Mas, o que aconteceu, de fato? Convenha-se que R$ 12 milhões, em tempos de guerra, não chegam a ser um absurdo, para se ter um hospital prontinho, que ainda poderia vir a ser conveniado SUS no pós-coronavírus. É um mistério – mais um – que marca as idas e vindas da covid-19 em Itabuna.
Há pistas.
Segundo o blog apurou, um bem sucedido empresário da saúde, bateu o pé e tentou empurrar que o (grande) negócio do aluguel do São Lucas para o Estado fosse feito por meio de uma dessas suas empresas.
Claro, os outros não toparam um intermediário contratante.
E tudo foi colocado na conta da inviabilidade do preço e do prazo.