As negociações entre o Sindicato do Comércio Varejista de Ilhéus e o Sindicato dos Comerciários não acabaram apesar de já terem sido realizadas quatro reuniões para deliberar sobre as reivindicações apresentadas. O presidente do sindicato patronal, Antonio Costa, disse que as negociações se arrastam por conta da intransigência dos representantes do sindicato dos trabalhadores que pretendem, além dos pontos já acordados em convenções anteriores, novas exigências como a licença paternidade por 30 dias, a extinção do banco de horas, entre outros.
Antonio Costa contou que “os representantes do Sindicato dos Comerciários estão dificultando as negociações e isso representa uma ameaça para o comércio de Ilhéus. Eles anunciam a possibilidade de greve com piquetes. Essas dificuldades só prejudicam aos comerciários e ao comércio da cidade como um todo, já que em Itabuna, o shopping fica aberto diariamente até a meia-noite”.
O lojista Antonio Costa afirmou que os comerciários querem impedir que o comércio do centro da cidade esteja aberto até as 22 horas, como tradicionalmente ocorre. Querem que as lojas fiquem abertas só até as 21 horas. Ocorre que nesta época do ano as famílias se reúnem para fazer compras sempre à noite porque é agradável e durante o dia, a maioria, está envolvida em seus afazeres profissionais.
Ele explicou que as reuniões para deliberar sobre o acordo coletivo começaram no dia 17 de novembro. Foram realizadas novas discussões nos dias 22 de novembro 1 e 2 de dezembro. “Evoluiu muito pouco”, apontando alguns dos pontos já negociados como a estabilidade de 60 dias para a gestante e a licença de 45 dias para a mulher grávida que venha a sofrer aborto natural.
Antonio Costa ressaltou ainda que a pauta é extensa e muito pontos já foram conquistados pelos comerciários de Ilhéus em acordos anteriores, mas essa pauta de reivindicações é enviada pela Força Sindical na Bahia não é elaborada pelos comerciários locais. O presidente do sindicato patronal espera poder assinar o acordo com o sindicato dos trabalhadores em tempo de evitar uma paralisação anunciada e que resultaria na fuga de clientes para o comércio de Itabuna, prejuízos incalculáveis para os lojistas e muitas demissões e até fechamento de lojas.
Com a palavra, os comerciários ilheenses.