A partir de denúncias de moradores, agentes da Divisão de Controle de Endemias do Departamento de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Itabuna, intensificaram o recolhimento de pneus velhos descartados em locais inapropriados para evitar focos do mosquito da dengue.
A ação é uma forma de combater a proliferação do Aedes aegypti, que no verão e com o acúmulo de água de chuva se multiplica com mais facilidade.
O supervisor de pontos estratégicos da Divisão de Controle de Endemias, Clodoaldo Santos de Oliveira, informou que apenas na manhã desta quarta-feira, dia 13, mais de 1.000 pneus usados foram recolhidos em vias públicas, terrenos baldios e borracharias.
Ele explicou que esta ação é contínua, daí ser fundamental que as pessoas cooperem descartando no Ecoponto para esta finalidade, situado à Rua Professor Alício de Queiroz, nº 567, centro, fundos do Colégio Ação Fraternal de Itabuna (AFI) ou acionando o Disk-Dengue (73) 3612-8324 para que haja o recolhimento e descarte adequado.
“O descarte aleatório é um risco para a população, porque uma pilha de pneus acumulados pode infestar um bairro inteiro e de forma rápida, porque o mosquito gosta de recipientes escuros” alerta Clodoaldo Santos.
Na Avenida José Alves Franco, no São Roque, de acesso aos condomínios Pedro Fontes I e II, foram recolhidos pneus usados amontoados num sítio em frente à Escola Yolanda Pires, no núcleo I da Fundação Marimbeta. “Orientemos as pessoas não jogarem pneus velhos nas vias públicas, leito dos canais de drenagem pluvial ou terrenos baldios”, orientou.
Com a chegada do verão, o Ministério da Saúde anunciou diversas ações de prevenção, como Sala Nacional de Arboviroses, painel público de dados, ampliação do método Wolbachia e capacitação de profissionais.
Também apresentou, durante a entrevista, os resultados do 3º Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e do Levantamento de Índice Amostral (LIA) em 2023.
Pelos dados divulgados, 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue encontram-se no interior dos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis e PET, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros em geral, pequenas fontes ornamentais e materiais em depósitos de construção (sanitários estocados, canos, etc.).
O levantamento ainda aponta que depósitos de armazenamento de água elevados (caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria) e no nível do solo (tonel, tambor, barril, cisternas, poço/cacimba) aparecem como segundo maior foco de procriação dos vetores, com 22%, enquanto depósitos de pneus e lixo têm 3,2%.
A pesquisa foi realizada pela amostragem de imóveis e criadouros com água positiva para larvas de Aedes aegypti no âmbito municipal. Os estados consolidam os dados dos seus municípios e encaminham para o Ministério da Saúde.