A Polícia Civil da Bahia vai fazer a reconstituição da morte do miliciano Adriano da Nóbrega, morto em confronto com policiais militares no dia 9 de fevereiro deste ano, na zona rural da cidade de Esplanada. A informação foi confirmada ao G1 pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA)
Ainda segundo a SSP-BA, não há previsão de quando a reprodução simulada será feita, por causa da pandemia do coronavírus. Adriano Magalhães da Nóbrega, conhecido como Capitão Adriano, era alvo de um mandado de prisão expedido em janeiro de 2019 e era considerado foragido até de ser encontrado na cidade baiana.
Na época em que foi morto, a SSP-BA afirmou que ele era suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. O nome do miliciano, no entanto, não consta do inquérito que investiga a morte da vereadora.
Também na época da morte do miliciano, a SSP-BA informou que Adriano da Nóbrega foi encontrado na casa por equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte e da Superintendência de Inteligência (SI) da SSP-BA. O imóvel é um sítio de um vereador do PSL de Esplanada.
No momento do cumprimento do mandado de prisão, Adriano resistiu com disparos de arma de fogo e acabou ferido. Ele chegou a ser socorrido e levado a um hospital da região, mas não sobreviveu, segundo a SSP-BA.
Segundo a secretaria, os policiais apreenderam com Adriano uma pistola austríaca calibre 9mm. Dentro do imóvel, as equipes teriam encontrado mais três armas e 13 celulares. A operação, que terminou com a morte de Adriano, foi uma ação conjunta da SSP-BA e da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro (Sepol).