Cerca de 35 alunos entre policiais do Batalhão de Guardas (BG) e de outras unidades da Polícia Milita da Bahia (PM-BA), além de agentes penais participam, até o mês de abril, do II Curso de Intervenção e Resgate Prisional. Promovida pelo BG, a capacitação acontece de segunda a domingo, nas instalações da unidade especializada.
De acordo com o coordenador e um dos instrutores do curso, capitão Eder Cruz, a seleção, que segue ,aberta para servidores que atuam ou têm interesse na área prisional, tem como objetivo desenvolver atividades relacionadas ao ambiente carcerário e voltadas para soluções de conflitos. “É um treinamento que contribui para o desenvolvimento de habilidades técnicas e táticas adequadas para esse tipo de ambiente. Trabalhamos também a utilização do uso diferenciado da força para cada tipo de ocorrência”, explicou.
Por tratar-se de atividades que exigem bom preparo físico, os integrantes passaram por fases eliminatórias (avaliações médicas, conferência de documentações para certificação se estão regulares no serviço e Teste de Aptidão Física). Ao menos seis dos inscritos foram eliminados por não atenderem a alguns dos pré-requisitos do processo seletivo.
O oficial lotado há oito anos no Batalhão de Guardas reforça que a capacitação não se limita apenas às atividades operacionais. “Buscamos também agregar valores e, dentre eles, estão a humildade e o sentimento de pertencimento. Então, quando colocamos todos os participantes, sejam eles oficiais ou praças, nas mesmas condições de fardamento, corte de cabelo, equipamentos, eles tornam-se únicos. E dessa forma conseguimos desenvolver um grupo fortalecido e com boas habilidades interpessoais”, completou Eder.
Atividades
As atividades executadas pelos alunos são colocadas em práticas logo após participarem de aulas teóricas ministradas por diferentes instrutores. Para cada disciplina é realizada uma simulação do que foi abordado e, com o auxílio dos instrutores, os alunos aprendem e aprimoram as técnicas de policiamento utilizadas em ações prisionais.
Dentre essas atividades estão a retirada de detentos de celas, inclusive com simulação de situações de resistência, o uso de equipamentos de baixa letalidade (escudo, canil, spray) e todas os artifícios que devem ser aplicados sem o uso da arma de fogo.
Um espaço do stand de tiros e treinamentos do BG para simular estruturas prisionais também tem sido utilizado para as tarefas. Lá as equipes treinam a entrada em celas prisionais, locomoção com segurança e defesa em caso de ataque.
“Seguimos priorizando a capacitação do nosso efetivo para que continue executando cada técnica com muita segurança e habilidade. Saber que policiais de outras unidades também estão sendo preparados por integrantes do BG é, sem dúvidas, muito gratificante”, declarou o comandante do Batalhão de Guardas, tenente-coronel Flávio Farias.