O mesmo não ocorre com os agentes de combate a endemias – os agentes da dengue – em Itabuna. Vestindo camisas de campanhas promocionais há quase dois anos, cada um chega em nossa casa com um uniforme diferente – há aí uma impossibilidade, já que, por ser uniforme, deveria o fardamento ser padronizado. O que vemos, na verdade, são os agentes pedindo pra entrar em nossas casas com seus ‘poliformes’, que não identificam ninguém.
Cada dia um aparece com uma roupa diferente, pode reparar. E, como em sua maioria essas vestimentas são sobras de campanhas (ops!) publicitárias para conscientização da população, qualquer pessoa poderia estar usando uma camiseta daquela.
Como saber se o agente da dengue não é um agente do crime? Só de imaginar o nível de sofisticação de algumas quadrilhas que nos aterrorizam, até com uso de walkie-talkies para realizar assaltos, não é difícil imaginar que alguns desses meliantes pudessem ter camisetas dessas e se fazerem passar por servidores municipais.
Assim como é um homem quase sem forças, devido à sua condição de saúde, essa "farda" poderia estar sendo vestida por um criminoso. Aí, têm razão os agentes que se auto-definem como os ‘descamisados da dengue’, assunto já debatido aqui nesse espaço. Não é demais lembrar que essa definição não é gratuita, mas devido à profusão de buracos que se podem ver no fardamento desses agentes.
Em tempo: o blog registra a informação de que vários pedidos já foram feitos, mas os ofícios dormem em alguma gaveta da antesala da Secretaria da Administração.
Outro registro: o índice de recusa da visita dos agentes de combate a endemias nos bairros de classe média-alta é elevadíssimo, segundo os próprios agentes. Não esqueçamos que é essa turma que possui piscinas que, sem tratamento adequado, podem virar motéis de Aedes aegypit.
Arre!