Na entrevista coletiva que mostrou números bastante positivos em relação à satisfação do itabunense com o serviço prestado pela Marquise, o secretário do Desenvolvimento Urbano, Fernando Vita, revelou que a prefeitura está inadimplente com a empresa cearense em seis meses.
"Não sei como eles agüentam", observou Vita, tentando, com isso, elogiar o comprometimento da empresa com o município. A gestora da empresa Glayciane Lima, no entanto, diz que esse limite já foi atingido há algum tempo. "Estivemos prestes a parar tudo, porque nem aos funcionários conseguíamos mais pagar".
Vita lembra que nessa ocasião, correu ao comandante das finanças, o secretário Carlos Burgos, e pediu que pagasse, pelo menos, ‘meio’ mês. "Só assim, para eles, pelo menos, pagarem aos funcionários". Só que a gestora diz que nesse episódio, a verba que caiu foi referente a um terço do valor que seria para um mês, dos seis que a prefeitura mantém em religioso atraso.
"Na verdade, já passamos do limite. A empresa também tem contratos com outros municípios, alguns também em atraso, o que dificulta ainda mais a operação com esse déficit. E tenho minhas dúvidas sobre uma solução completa em curto prazo, pelo que ouvimos do secretário aqui". O valor do contrato faturado a cada mês é de R$ 820 mil, para coleta, varrição e gestão do lixão.
"Aqueles R$ 1,5 milhão nunca foram, sequer, contratados nem faturados, muito menos recebidos pela empresa. Aquilo era o valor da licitação, mas o que foi contratado soma apenas R$ 820 mil, que nem estamos recebendo". Sobre a comparação com os valores de Ilhéus, a explicação é que lá, o serviço que a Marquise presta se restringe à coleta de lixo.