Quatorze pessoas já foram presas na “Operação Cruzeiro do Sul”, que combate a produção, comercialização e transporte ilegais de carvão vegetal, nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri, Alcobaça, Caravelas e Nova Viçosa, no extremo sul da Bahia, além do Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. Em Salvador, foi preso o policial civil João Gonçalves da Silva, com arma de uso restrito. Ele atuava extorquindo caminhoneiros e fazia escolta de caminhões carregados de carvão ilegal.
Dos presos até agora, nove foram detidos na Bahia e cinco no Espírito Santo. Promovida pelo Ministério Público baiano e as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, a operação acontece desde a madrugada desta quarta-feira (7) e também já resultou na destruição de 90% dos cerca de 1.500 fornos ilegais identificados na Bahia e na apreensão de diversos veículos, documentos, computadores, munição e uma motosserra.
A operação combate esquema criminoso que age na extração ilegal de matéria prima nativa da Mata Atlântica e madeira furtada ou roubada de eucalipto. A madeira é destinada a fornos ilegais, de pequeno e grande portes, que não têm licença ambiental.
O carvão oriundo da atividade é comercializado por empresas “laranja” e o transporte acontece sem o Documento de Origem Florestal, com destino a siderúrgicas da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais. Em uma siderúrgica do Espírito Santo foi apreendido um volume de notas fiscais duvidosas, correspondentes a duas caçambas e aplicada multa de R$ 800 mil.