Quem primeiro percebe o perigo são os moradores de fato, os ratos. Ao primeiro sinal de correria dos bichos, os marujos botam as barbas de molho. E, no serviço público, os moradores de fato das repartições são os funcionários concursados. Sem querer compará-los aos roedores de forma pejorativa, são esses os primeiros a perceberem os sinais de que a embarcação vai a pique.
Em Itabuna, por exemplo, já tem funcionário concursado da prefeitura falando em apertar o cinto, reduzir despesas e fazer o máximo de economia, visando os anos difíceis que se aproximam: “2011 e 2012 serão de lascar. O jeito é ir se garantindo por agora”, afirma um barnabé.
Outro funcionário – embora seja cargo de confiança por indicação política – diz, para quem quiser ouvir, todo dia: “Não conto com o salário dos seis últimos meses de governo. Nunca contei”, afirma, mais tolerante em um ano e meio em relação ao colega concursado, mas com uma visão parecida.
São sinais que não podem ser desprezados…