Por Arnold Coelho

Jesus Cristo nasceu há exatos 2024 anos (segundo a cronologia cristã) e a sua passagem nesse planeta foi marcada pela propagação do amor fraternal. Pouco mais de dois mil anos do seu nascimento a raça humana ainda não entendeu que o recado deixado foi para amar e ajudar ao próximo todos os dias, e não em uma suposta data comercial.

Cristo veio a esse planeta e plantou a semente do amor, compaixão, compreensão, perdão e solidariedade e pediu (em Mateus 22:39): “Ame o seu próximo como a si mesmo”. Ele foi tão claro como a mais cristalina das águas. É importante dizer que o pedido foi feito sem prazo de validade ou data específica. É para amar todos os dias e não só no dia 25 de dezembro de cada ano.

Achei o momento propício para falar sobre o amor fraternal que só aparece na maioria das pessoas nesse período natalino. O nascimento de Cristo mexe com todo cristão e faz aflorar o lado bom (muitas vezes guardado) das pessoas. Digo isso pois é visível a mudança de postura das pessoas e a preocupação em querer ajudar o próximo nesse período natalino.

O que precisamos entender é que o Natal passa (pois só existe um 25/12 no ano), mas os problemas da humanidade continuam no pós-festa, e durante os 364 dias restantes do ano mais de 850 milhões de pessoas no mundo continuam a passar fome, sem nenhuma perspectiva em ter ao menos uma refeição ao dia.

O pedido feito por Jesus Cristo é muito maior que amar o próximo apenas um dia ou dar a mão e ajudar na noite de Natal. O recado é reto, direto (sem curva) e vai além de saciar a fome do seu semelhante na data do ‘seu nascimento’. Precisamos pensar no nosso semelhante e buscar alternativas (dentro da nossa realidade) para termos um mundo menos desigual.

Vivemos em um mundo rico para poucos, com uma maioria absoluta de pessoas extremamente pobres. É preciso mudar essa triste realidade e a solução precisa começar por mim e por você que leu esse texto até aqui.