Quem quer cargo?

por Domingos Matos
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Apetite de leão – pra não esquecer do Imposto de Renda – é natural em qualquer partido político. Querer o máximo de cargos em qualquer administração que se lhe abram as portas, é legítimo. Tem partido em Itabuna, por exemplo, achando que é um pinto no lixo. Típico passageiro que nem bem chega ao ônibus, quer sentar-se à janela e exige que a cadeira do lado fique vazia, para que lhe sobre mais espaço. Deselegante, mas faz parte da natureza humana, buscar o que lhe parece melhor.

Causa estranheza, porém, o oferecimento desordenado, por esse partido neo-emergente, de postos inexistentes em suas cotas, com o simples propósito de atrair filiados incautos, visando disputas políticas futuras. Oferece a torto e a direito o que imagina que vá atrair os nomes que deseja arregimentar, mesmo sabendo que não pode garantir o que oferece. Estelionato político?

Essa prática não costuma ser perdoada pelo passar dos dias, quando as promessas não se concretizam. Aí, cairão na vala comum das infrutíferas promessas fisiológicas que tanto criticavam.

Cautela e moderação não fazem mal a político algum. Mesmo aos que ainda se sentem um pinto no lixo.

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