Por Carlos Santana
O racismo no Brasil é mais do que um problema social, é uma HERANÇA que segue viva, marginalizando milhões. Apesar de avanços aparentes, estamos em 2025 e ainda testemunhamos um país onde a população negra enfrenta violência, desigualdade e exclusão em todos os níveis. Casos como o de João Alberto, brutalmente assassinado em um supermercado, e o de Miguel Otávio, uma criança que perdeu a vida sob negligência, escancaram a CRUELDADE de uma sociedade que insiste em fechar os olhos para a realidade. ISSO É NORMAL? Dados do Atlas da Violência apontam que 77% das vítimas de homicídio no Brasil são negras. Mulheres negras, como Dona Sônia, seguem sendo escravizadas por quem deveria garantir justiça. E o Congresso, que deveria refletir a diversidade do povo, é dominado por representantes brancos.
COMO PODEMOS FALAR EM DEMOCRACIA? A exclusão racial vai além da violência física. Ela está nas escolas, onde crianças negras são alvos de bullying e piadas cruéis; nos empregos, onde são preteridas por sua cor; e até nos vestibulares, onde fraudes nas cotas raciais roubam oportunidades de quem realmente precisa. E se fosse com você? Imagine seu filho sendo chamado de “macaco” ou “escravo”. Imagine perder um emprego porque sua pele não agrada aos padrões. O que você faria? Para a população negra, essa dor é diária. A JUSTIÇA, que deveria ser um refúgio, muitas vezes é a PRISÃO que legitima a opressão.
O Brasil só avançará quando pararmos de normalizar o inaceitável. É PRECISO AGIR. É preciso pressionar para que o Estado cumpra sua Constituição, garantindo IGUALDADE para todos. A luta pela justiça racial não é apenas da população negra. É DE TODOS NÓS. A história desse país foi construída pelas mãos de homens e mulheres negras, desde as plantações até os grandes centros urbanos. A dívida histórica que temos com essas pessoas não pode ser ignorada. O tempo de mudanças é AGORA. O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO PARA ACABAR COM ESSA REALIDADE?
Carlos Santana é Diretor de Combate ao Racismo da ABES, Coordenação Secundarista do Kizomba,
Formado em Serviços Jurídicos pelo CETEP