Durante o mês de setembro, quando se comemora o “Setembro Verde”, mês dedicado à doação de órgãos, e são realizadas campanhas de incentivo à doação, a Central de Notificação, Captação, Doação de Órgãos (CNCDO) registrou um recorde de doações de múltiplos órgãos e córneas, desde março de 2020, quando foi iniciada a pandemia de Covid-19. Segundo a coordenadora da CNCDO, Carolina América Sodré, foram registradas, no mês de setembro, 15 autorizações familiares para doação de múltiplos órgãos e 50 doações de córneas efetivadas na Bahia.
Com o slogan “Não basta querer, tem que falar”, a Secretaria da Saúde do Estado, por meio da Central Estadual de Transplantes, realizou diversas atividades durante o “Setembro Verde”, com o objetivo de conscientizar a população para a importância de ser doador, ajudando pessoas que lutam por uma oportunidade de salvar suas vidas.
A coordenadora da Central Estadual de Transplantes, a enfermeira Carolina Sodré, explica que atualmente o índice de recusa familiar para a doação de órgãos está em torno de 68%, “o maior dos últimos 10 anos”. Para Carolina Sodré, a pandemia da Covid-19 é um dos principais fatores para essa recusa.
Esse ano, de janeiro a setembro, foram efetivadas 78 doações de múltiplos órgãos e 305 de córnea, em comparação com o ano anterior, quando foram 94 doações de múltiplos órgãos e 246 de córneas. As doações registradas esse ano possibilitaram a realização de 165 transplantes de córnea, 29 de fígado e 165 de rim. A fila de espera, atualmente, é de 19 pessoas para transplante de fígado, 1222 de rim e 995 de córneas.
Para a coordenadora a enfermeira Carolina Sodré, atualmente o índice de recusa familiar para a doação de órgãos está em torno de 68%, “o maior dos últimos 10 anos”, e a pandemia da Corona-19 é um dos principais fatores para essa recusa.
“Além do mês de setembro, que é dedicado a intensificar as ações de mobilização para a doação de órgãos, durante todo o ano a Sesab trabalha buscando ampliar a captação de órgãos” pontua Carolina Sodré, acrescentando que a redução no número de transplante de córneas deveu-se, principalmente, à determinação do Ministério da Saúde, que em função da pandemia da Covid-19 determinou a suspensão dos transplantes de córnea durante 7 meses.
O processo de doação é iniciado com a identificação de um potencial doador nas unidades hospitalares. Após criteriosa etapa de exames e avaliações é efetuado o diagnóstico de morte encefálica. Confirmada a morte encefálica os familiares são informados sobre o óbito do paciente e uma equipe especializada e treinada, presta apoio emocional à família e oferece a possibilidade de doação de órgãos e tecidos. Com o consentimento familiar procede-se a retirada dos órgãos e tecidos doados.