No exercício de 2023, o Sicoob, instituição financeira cooperativa com 7,9 milhões de cooperados, registrou um montante de R$ 8,4 bilhões em resultados contábeis, representando um aumento de 16,4% em relação ao ano anterior. Esse valor, por si só expressivo, soma-se aos mais R$ 25,7 bilhões de economia comparativa de juros, tarifas e taxas propiciada pelo Sicoob aos seus usuários no mesmo período, além dos mais de R$ 4,2 bilhões de excedentes acumulados que, no final de cada ano, podem ser distribuídos de acordo com o volume das operações realizadas por cada cooperado.
No Sicoob, os cooperados são o ponto central de todas as iniciativas, reconhecidos como proprietários e os principais beneficiários dos resultados da cooperativa. Esta abordagem é incorporada diariamente, garantindo aos donos do negócio acesso a serviços financeiros com taxas e tarifas equitativas, ao mesmo tempo em que eles têm participação efetiva nos resultados econômicos da instituição.
“A distribuição direta de parte relevante dos resultados, benefício adicional à significativa economia auferida durante o ano pelos associados em decorrência da diferença de preços nos produtos e serviços cooperativos, é mais do que uma prática eventual, é um compromisso associado à essência do cooperativismo financeiro. Ao compartilhar os frutos econômicos de nosso trabalho coletivo, fortalecemos os cooperados e, por extensão, as comunidades onde residem e empreendem”, destaca Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica, Sustentabilidade e Relações Institucionais do Sicoob.
O diretor explica que uma parcela dos resultados financeiros, não rateada individualmente entre cooperados, é utilizada para fortalecer a estrutura de capital da cooperativa – fundamental para os investimentos, ampliação de limites operacionais e expansão do empreendimento -, além de ampliar programas de capacitação, assistência técnica e projetos sociais nas localidades atendidas.
“Todo o excedente econômico acaba beneficiando, ainda que indiretamente, os cooperados e os territórios assistidos pelas cooperativas”, comenta.
Meinen aponta que o compartilhamento dos resultados financeiros é uma forma autêntica de promoção de justiça financeira e de auxílio no desenvolvimento local, práticas essas convergentes com o que o dirigente designa de “novo empreendedorismo”.
Essa abordagem também está alinhada ao sétimo princípio. cooperativista, que enfatiza o compromisso com o bem-estar da comunidade.
“Tão importante quanto isso é assegurar aos cooperados a ampla participação no processo de tomada de decisões. Não há ninguém melhor do que os próprios membros para definir o que é mais relevante para eles e para as suas respectivas regiões”, conclui o diretor.