O projeto de lei em que o prefeito Capitão Azevedo pede uma suplementação orçamentária de 60%, este ano, votado às pressas na semana passada (relembre aqui) terá contestações.
Conforme pedido do próprio presidente da Câmara, Clóvis Loiola, o texto foi submetido a análise do setor jurídico daquela Casa que, naturalmente, fez seu trabalho. Loiola foi o mesmo que comandou a atropelada votação do projeto.
O Trombone apurou que o problema principal é a falta de indicação da fonte da dinheirama que Azevedo pleiteia (R$ 168 milhões, além dos R$ 280 que a Câmara já havia aprovado para este ano). Sem a fonte, fica difícil dizer se é legal o pedido do prefeito.
Este é o problema técnico, arrumado pelo presidente Loiola para a própria Câmara. O outro, de ordem política, tem a ver com a estratégia de equilíbrio de forças entre os dois poderes:
"Essa suplementação poderia ser uma boa moeda de barganha nas negociações políticas com o Executivo. A gente vê Azevedo deitando e rolando em cima da Câmara, e os vereadores já deram ao prefeito tudo o que ele queria. Agora, é rolo compressor", avalia um analista com trânsito na Câmara e na Prefeitura.
Mandou mal, Loiola.