Com o tema “UESC 30 anos de estadualização, uma trajetória de sucesso”, a Câmara de Vereadores de Ilhéus promoveu uma sessão especial, na última quinta-feira (2), com o intuito de reconhecer a dimensão da Universidade Estadual de Santa Cruz. A sessão foi proposta por Cláudio Magalhães (PCdoB) e aprovada por unanimidade no plenário da Casa. “Estive junto com outras importantes lideranças nas lutas que garantiram a estadualização dessa instituição de ensino superior, que conta com atividades de docência, pesquisas e iniciativas que contribuem para o desenvolvimento da região litoral sul da Bahia”, destacou Cláudio Magalhães.
O edil lembrou que a UESC derivou da antiga Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (FESPI). “Era uma entidade privada, com acesso difícil, considerando a realidade regional da época. Depois de muitas lutas, esse anseio de instituir uma universidade pública, com ensino superior público gratuito e de qualidade se tornou realidade. A UESC passou a ser uma das instituições de ensino superior mantidas pelo governo da Bahia”, disse.
A professora Adélia Pinheiro participou da Sessão e falou do orgulho de ter vivido cada momento desses 30 anos, uma vez que foi aprovada em concurso público no mesmo período que a estadualização se concretizou. “Reconheço a Universidade Pública de Ensino Superior forte e sólida como campo de conhecimento, mas sensível às demandas da sociedade e às responsabilidades com a democracia e os direitos humanos”, enfatizou Adélia.
A vereadora Enilda Mendonça (PT) estudou na FESP no período de 1985 a 1989, “então participei ativamente do processo de luta para a estadualização da UESC, momento difícil que o país estava lutando pela redemocratização e nós conseguimos. São 30 anos de história! E ver todos os reitores e ex-reitores serem homenageados hoje é uma honra para esta Casa. A Câmara tem a honra de ter a UESC como uma grande parceira”, finalizou a edil.
O vereador Gurita (PSD) parabenizou a UESC pelos brilhantes serviços prestados à região e ao Brasil. “A Universidade representa na Bahia o que há de melhor em seu conceito, cursos e parcerias com a comunidade’, afirmou Gurita. Assim como o Vereador Augustão (PT), que destacou que a educação é fundamental para qualquer tempo. “Vivemos em um tempo em que a educação estará acima de tudo, porque quando observamos o mercado de trabalho, vemos que ele necessita de muito conhecimento”, chamou atenção o vereador.
O Deputado Estadual Fabrício Falcão (PCdoB) participou de várias lutas na Universidade. “80% são corredores e 20% sala de aula. E nos corredores da UESC eu aprendi o que era a vida. O conhecimento é transformador. Eu não acredito em uma Universidade que apenas passa conhecimento e que não dialoga com a sociedade, que não é o caso da UESC. Educação não pode ser vista como gasto, mas sim investimento”, afirmou o deputado.
Para a Professora e ex reitora da UESC, Renée Albagli, a Universidade tem uma singularidade, pois era uma instituição privada que depois tornou-se pública e foi capaz de oferecer a oportunidade para todos poderem frequentar uma universidade pública, que é sem dúvida uma das maiores riquezas deste país. O atual reitor da UESC, Alessandro Fernandes, agradeceu a todos que lutaram naquela época para que a estadualização acontecesse. “A UESC foi estadualizada com 9 cursos e hoje já temos 33 cursos de graduação, 50 pós-graduações, 25 mestrados, 786 docentes, sendo 70% com doutorado” frisou o reitor.
Durante a sessão reitores que administraram a UESC foram homenageados, José Altamirando de Cerqueira Marques (in memoriam), Renne Albagli Nogueira, Antônio Joaquim Bastos da Silva, Adélia Maria Carvalho de Melo Pinheiro e o atual reitor Alessandro Fernandes de Santana. Os requerimentos com pedidos de congratulações foram encaminhados por Cláudio Magalhães, ao plenário da casa. Os documentos apresentados foram subscritos pelo presidente da casa legislativa ilheense, Jerbson Moraes (PSD), também pelos vereadores Augustão e Enilda Mendonça, ambos do PT.