A campanha salarial desse ano faz um comparativo entre a anunciada pujança da economia baiana e a realidade ‘magrinha’ dos salários da educação superior. "A Bahia paga o segundo pior salário do Nordeste ao professor universitário", afirma um dos diretores da Adusc, o professor Valter Silva. O único estado na região em que os professores ganham pior que na Bahia é o Maranhão.
Esse no, a manifestação não vai ser feita na BR-415, para alívio dos motoristas. O barulho será ‘no pé da orelha do Galego’. "Vamos fazer uma manifestação na governadoria, no Centro Administrativo. O ato público terá, além dos discursos em defesa da educação, muitas manifestações artísticas. Queremos ser ouvidos", resume o professor.
Caso o governo não sinalize a disposição para o diálogo, o próimo passo é a votação do indicativo de greve e, persistindo o impasse, não está descartada a proposta de uma greve geral. "Claro que quem decide tudo isso é a categoria, em assembleia", explica Silva.
Mas, não é demais dizer, os professores estão muito mordidos, e uma proposta de greve não seria descartada facilmente. Eles querem, principalmente, a incorporação da CET, que, em caso de professores doutores, representaria um reajuste de 18% sobre os salários. Os professores defendem que essa medida causaria menor impacto no orçamento do estado.
Na ilustração, representantes das associações de docentes das quatro universidades estaduais definem as estratégias do movimento – Foto: Divulgação