Ontem, em menos de duas horas, a polícia militar registrou quatro ocorrências distintas, mas que revelam muito do que acontece no dia a dia da violência em Itabuna. Às 18h30min, prendia dois elementos, Rafael Alves dos Santos, o "Toca", e Rodrigo de Jesus Marques, o "Jhow".
Eles são apontados como autores do crime que vitimou o ancião José Silva das Virgens, de 88 anos, que foi assassinado e teve o corpo enterrado em uma cova rasa, na Rua de Mutuns, no bairro Santa Inês, no último dia 21.
A dupla ‘Toca’ e ‘Jhow’ estava armada até os dentes. O primeiro portava um revólver calibre 38, municiado, e o segundo uma escopeta, também com cartuchos à vontade.
Pouco tempo depois, registrou-se mais três ocorrências, em que três jovens foram vítimas da abundância de armas em poder da bandidagem: José Rodrigues Maciel dos Santos, morador do Maria Pinheiro, recebeu vários tiros, nas pernas e no tórax, e foi internado no Hospital de Base.
O mesmo ocorreu com Ailton Silva de Jesus, 25 anos, morador do Santo Antônio, que foi ferido a bala no abdômen, e também recebeu atendimento no HdB.
A outra vítima da balas que chovem em Itabuna foi Wesley Souza dos Santos, 24 anos, morador do bairro São Caetano. Wesley é filho do sargento reformado Ednaldo Silva dos Santos, mais conhecido como "Bogoió".
Segundo as testemunhas, Wesley passava pela rua Olívia Torres, próximo à sua residência, quando recebeu quatro disparos, que lhe atingiram peito, costas e perna. Quando o socorro chegou, ele já estava morto.
Não ficou claro se a vítima tinha envolvimento com o mundo do crime, já que algumas testemunhas disseram que ele era limpo, mas outros afirmaram que tinha envolvimento com a "gangue do Daniel Gomes".
O certo é que o sargento PM Ednaldo Bogoió amarga mais uma tragédia familiar, em menos de seis meses: um acidente automobilístico, no último dia 13 de fevereiro, na BR-101, próximo a Jussari, levou a esposa, Ivone Santos. Agora, o filho morre dessa maneira.
A foto é do Xilindró Web