A proliferação de placas indicando a presença – ou inteção de instalar – radares de fiscalização eletrônica nas estradas federais e algumas estaduais promete ser uma mão na roda. Claro, para o governo e para os bandidos, como assaltantes de cargas e ladrões de carros.
Um bom exemplo desse risco é a sinalização que indica a presença de radares – não se sabe se eles já estão operando – no treco da BR-101 entre o Posto Flecha e o Viaduto Fernando Gomes, em Itabuna. São pelo menos cinco placas, exigindo velocidade máxima de 40 quilômetros por hora, num trecho extremamente perigoso, que já abriga boa parte dos marginais e dos marginalizados itabunenses.
Claro que o que está ruim sempre pode piorar, já dizia o pessimista convicto. “Se esses radares forem instalados e os motoristas obrigados a trafegar em velocidade inferior a 40 quilômetros por hora, logo veremos a profissionalização do crime por aqui”, observa o representante comercial Augusto Ribeiro.
Ele continua: “Por enquanto vemos muita prostituição infanto-juvenil, o que atrai o tráfico, mas tudo muito ‘desorganizado’. Com a possibilidade de assaltos, a coisa tende a ficar mais complexa. Seremos assaltados até por ladrões montados em bicicletas”, conclui.
É bom que se diga, porém: quando se fala de assaltos profissionailados não se inclui a indústria de multas operada pelo poder público. Esses são muito profissionais, mas bastante sutis.