Na manhã de ontem (6), uma reunião para tratar do piso do magistério nos municípios baianos, construiu a abertura do diálogo entre a União dos Municípios da Bahia (UPB), Federação dos Consórcios Públicos (FECBahia) e APLB Sindicato. O encontro teve como intuito construir de forma regionalizada as articulações para a valorização do magistério, respeitando questões técnicas como o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, no quesito gasto com pessoal.
O grupo também discutiu estratégias para que as prefeituras busquem junto ao governo federal os recursos necessários para o reajuste do piso da categoria. No próximo dia 13, será realizada uma nova reunião com a presença de presidentes de consórcios públicos intermunicipais e representantes regionais da APLB, além da assessoria jurídica das entidades.
De acordo com o presidente da UPB, Zé Cocá, os prefeitos não são contrários ao reajuste do piso, mas a fonte de recurso não tem permitido a todos os municípios arcarem com essa obrigação. “É uma conta que não fecha na maioria dos municípios, claro que um ou outro têm condições. Mas, precisamos chegar a um entendimento que valorize o professor e permita às gestões municipais manterem o equilíbrio necessário das contas públicas”, reforçou.
O presidente da FECBahia, Wilson Cardoso, defendeu que o ano letivo no interior do estado comece em “clima de paz”. Segundo ele, “o nosso olhar não pode ser político. Temos que tratar de forma técnica e chegar a um entendimento com a APLB e os municípios para que quem ganhe seja a educação. FECBahia, UPB e APLB estão juntas neste esforço”, pontuou.
O professor Rui Oliveira, coordenador da APLB Sindicato, disse que a categoria se reúne nos próximos dias 8, 9 e 10 de fevereiro no encontro da entidade, em Salvador, quando criarão uma comissão que irá dialogar com os prefeitos/presidentes de consórcios, na reunião do dia 13/2 na UPB. “Vamos tentar distensionar. Queremos fazer esse encontro de forma regional, que distensione e crie um patamar de compreensão política e técnica para avançarmos”, afirmou Rui Oliveira ao citar que é necessário os municípios construírem meios para obter recursos que custeiem o piso.
O vice-presidente da UPB, prefeito Quinho de Belo Campo, pregou a união. “Temos que construir pontes, porque UPB e APLB têm objetivos comuns de fortalecer a educação”, ponderou. “Precisamos virar essa página e estabelecer uma nova agenda. Há questões regionais que não podemos tratar de forma generalizada”, defendeu o diretor da UPB e prefeito de Santana, Marcão Cardoso, que participou presencialmente da reunião, assim como o vice-presidente da FecBahia, Thiancle Araújo, prefeito de Castro Alves.