Vane “tira geral” da Boca do Tubarão, diz que não amarelou com o PCdoB e explica por que não tentou a reeleição

O ex-prefeito de Itabuna, Claudevane Leite deixou com fome o tubarão do quadro “Na Boca do Tubarão”, do programa Central Interativa da rádio Interativa FM, apresentado pelo radialista Neto Terra Branca no sábado (25). A observação espirituosa foi do colunista Marco Wense, em um grupo de conversas no WhatsApp. Mas Vane, como é conhecido no meio político, não deixou de dar algumas declarações que merecem atenção.

Por exemplo, disse que não se reelegeu porque não topou assaltar a prefeitura, usar recursos públicos para tentar a empreitada. “Para minha reeleição eu tinha que fazer um assalto na prefeitura e eu jamais faria isso”, declarou Vane, que governou Itabuna no período de 2013 a 2016. Uma declaração forte, mas não explicou, por exemplo, se houve alguma proposta concreta para o tal assalto, ou se foi algo que não saiu do campo das conjecturas.

No quadro, Vane respondeu não que não colocaria nenhum dos indicados na boca do tubarão. Salvaram-se o ex-vice prefeito Wenceslau Júnior, os ex-secretários Marcos Cerqueira e Roberto José, o prefeito Augusto Castro (PSD) e o ex-prefeito Geraldo Simões (PT). “Todos tiveram erros e acertos”, disse ele. Sobre Roberto José, disse ainda que foi um erro ele não ter acompanhado seu candidato.

Shopping Popular

Vane do Renascer respondeu à principal polêmica sobre seu governo: a construção do Shopping Popular. Ele disse que acionou a empresa para que corrigisse os defeitos na obra. Relatou que não era necessária a demolição. “Fizemos a obra com recursos próprios, recuperados”, disse ele.

Relembrou que Fernando Gomes, ex-prefeito já falecido, disse antes de assumir, em 2017, que derrubaria o shopping popular e que abriria a rotatória do São Caetano. As ações, disse o entrevistado, prejudicou a população, ampliando o número de acidentes de trânsito.

Vane disse que reduziu o valor da coleta do lixo para cerca de R$ 600 mil mensais e que a gestão que o sucedeu aumentou o valor, gerando um gasto de R$ 104 milhões em quatro anos.

Respondendo a uma pergunta sobre não ter o comando da prefeitura, e sim o PC do B, disse que era uma grande mentira. “Tirei vários secretários da prefeitura que não estavam dando certo, inclusive do PC do B”, lembrou.

Defendeu a sua gestão: “No nosso governo tivemos os maiores projetos sociais da história de Itabuna, desenvolvidos através da FICC. Fomos premiados pela Folha de São Paulo, Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, pela IstoÉ. Ganhamos o prêmio de prefeito empreendedor do Sebrae”, concluiu.