Da Assessoria da Câmara
A bancada de oposição da Câmara de Vereadores de Itabuna, formada por Roberto de Souza, Claudevane Leite, Ricardo Bacelar e Wenceslau Júnior e alguns membros da bancada governista decidiram pedir o afastamento de Clóvis Loiola da presidência da Casa.
A decisão foi tomada após Loiola apresentar um decreto presidencial nesta manhã (20) exonerando ocupantes de cargos comissionados da Câmara, para dar lugar aos indicados por ele e seu grupo.
De acordo com o primeiro-secretário da Mesa Diretora, Roberto de Souza, o ato de demissão assinado pelo presidente não tem validade. "O ato é nulo. É unilateral. Teria que ser assinado pelos demais membros da Mesa, e não foi", afirmou.
Os vereadores presentes na ocasião concordaram que o ato de Loiola é um desrespeito ao Regimento Interno da Câmara e decidiram pedir o afastamento para investigar algumas irregularidades do mandato de Loiola.
O pedido de afastamento de Loiola será votado na Câmara de Vereadores e, para ser aprovado, precisa de maioria absoluta – nove votos. "Caso aprovado o requerimento, ele será afastado do cargo e quem assumirá é o vice, Solon Pinheiro (PSDB)", afirmou Roberto.
Nota da Redação
Para ter publicado tal informação, é claro que o grupo ligado ao primeiro-secretário Roberto de Souza já deve contar com o número de votos necessários à aprovação do pedido. Se assim for, o que fará Loiola? Vai trancar a Câmara e jogar a chave fora para impedir a votação?
Essa atitude seria diametralmente oposta à que ele tomou para votar a suplementação orçamentária de 60% em favor do prefeito Azevedo, durante o recesso da Câmara – recesso por acordo de lideranças, diga-se.
Só para refresco de memórias: naquela ocasião, o presidente mandou arrombar a porta da Casa do Povo para fazer ocorrer a sessão que beneficiava o governo.