Em dezembro de 2021, o volume de serviços no Brasil cresceu 1,4% frente a novembro, na série com ajuste sazonal. Com isso, o setor de serviços ampliou o distanciamento com relação ao nível pré-pandemia, situando-se 6,6% acima do nível de fevereiro de 2020, e alcançou seu maior o patamar desde agosto de 2015.
Frente a dezembro de 2020, o setor teve sua décima taxa positiva consecutiva: 10,4%. No acumulado do ano, o volume de serviços fechou 2021 com alta de 10,9% frente a igual período do ano anterior, recorde da série histórica iniciada em 2012. O acumulado nos últimos doze meses foi de 9,5% em novembro para 10,9% em dezembro de 2021, mantendo trajetória ascendente desde fevereiro de 2021 (-8,6%).
Período | Variação (%) | |
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Volume | Receita Nominal | |
Dezembro 21 / Novembro 21* | 1,4 | 2,9 |
Dezembro 21 /Dezembro 20 | 10,4 | 15,7 |
Acumulado Janeiro-Dezembro | 10,9 | 14,1 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 10,9 | 14,1 |
*série com ajuste sazonal |
O avanço de 1,4% do volume de serviços de novembro para dezembro de 2021, foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para os ganhos vindos de transportes (1,8%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,6%), com ambos avançando pelo segundo mês consecutivo.
As demais expansões vieram de outros serviços (1,4%) e de serviços prestados às famílias (0,9%), com o primeiro reduzindo a magnitude de crescimento frente a novembro (4,2%); e o último emplacando o nono avanço seguido, período em que acumulou 61,6% de expansão. A única taxa negativa do mês foi dos serviços de informação e comunicação (-0,2%) que devolveu uma pequena parcela do ganho obtido em novembro (4,7%).
A média móvel trimestral cresceu (0,8%) no trimestre encerrado em dezembro de 2021 frente ao nível do mês anterior, após ligeira variação positiva de 0,1% em novembro. Entre os setores, quatro deles acompanharam o crescimento do índice global: os serviços prestados às famílias (1,8%), os transportes (1,3%), os serviços de informação e comunicação (0,7%) e os profissionais, administrativos e complementares (0,3%). Por outro lado, apenas os outros serviços (-0,5%) tiveram resultado negativo no trimestre terminado em dezembro de 2021.
Pesquisa Mensal de Serviços – Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação – Dezembro 2021 – Variação (%) | ||||||||||||
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
OUT | NOV | DEZ | OUT | NOV | DEZ | JAN-OUT | JAN-NOV | JAN-DEZ | Até OUT | Até NOV | Até DEZ | |
Volume de Serviços – Brasil | -1,6 | 2,7 | 1,4 | 7,3 | 10,2 | 10,4 | 11,0 | 10,9 | 10,9 | 8,1 | 9,5 | 10,9 |
1. Serviços prestados às famílias | 1,8 | 2,7 | 0,9 | 24,6 | 20,7 | 21,5 | 17,4 | 17,8 | 18,2 | 6,4 | 11,8 | 18,2 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 1,5 | 2,6 | 0,7 | 26,3 | 20,7 | 21,6 | 19,8 | 19,9 | 20,1 | 7,9 | 13,5 | 20,1 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 1,3 | 1,3 | 2,7 | 14,8 | 20,6 | 21,0 | 5,5 | 7,0 | 8,2 | -1,4 | 3,5 | 8,2 |
2. Serviços de informação e comunicação | -2,2 | 4,7 | -0,2 | 6,4 | 11,2 | 9,9 | 9,2 | 9,4 | 9,4 | 7,8 | 8,7 | 9,4 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | -1,8 | 5,4 | -0,9 | 5,8 | 11,7 | 10,0 | 9,0 | 9,3 | 9,4 | 8,0 | 8,7 | 9,4 |
2.1.1 Telecomunicações | -2,3 | 0,9 | -0,7 | -2,9 | -1,4 | -2,5 | 0,2 | 0,0 | -0,2 | -0,3 | -0,2 | -0,2 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | -0,9 | 10,6 | 1,3 | 19,3 | 31,2 | 25,3 | 24,0 | 24,7 | 24,8 | 21,8 | 23,3 | 24,8 |
2.2 Serviços audiovisuais | -1,9 | 1,4 | 1,9 | 10,8 | 7,6 | 9,1 | 10,6 | 10,3 | 10,1 | 6,1 | 8,1 | 10,1 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | -2,8 | 1,3 | 2,6 | 4,7 | 5,1 | 7,5 | 7,5 | 7,3 | 7,3 | 4,1 | 5,7 | 7,3 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | -4,6 | -0,9 | 2,0 | 5,9 | 3,1 | 8,5 | 13,7 | 12,6 | 12,1 | 10,3 | 10,9 | 12,1 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | -1,6 | 1,9 | 1,4 | 4,2 | 6,0 | 7,1 | 5,1 | 5,2 | 5,4 | 1,8 | 3,6 | 5,4 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | -0,1 | 2,1 | 1,8 | 9,9 | 13,7 | 14,9 | 15,2 | 15,1 | 15,1 | 11,8 | 13,5 | 15,1 |
4.1 Transporte terrestre | 1,2 | 1,1 | 2,6 | 8,2 | 12,8 | 16,9 | 14,7 | 14,5 | 14,7 | 10,9 | 12,8 | 14,7 |
4.2 Transporte aquaviário | 1,7 | 1,7 | 2,0 | 14,8 | 18,2 | 19,2 | 13,7 | 14,2 | 14,6 | 12,8 | 13,9 | 14,6 |
4.3 Transporte aéreo | -5,9 | 11,7 | 10,6 | 26,7 | 36,7 | 52,2 | 35,3 | 35,5 | 37,0 | 17,7 | 26,0 | 37,0 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | -1,3 | 1,5 | -3,3 | 8,3 | 9,5 | 4,5 | 13,0 | 12,7 | 11,9 | 11,8 | 12,2 | 11,9 |
5. Outros serviços | -6,6 | 4,2 | 1,4 | -6,2 | -3,0 | -4,4 | 7,0 | 6,1 | 5,0 | 7,3 | 6,4 | 5,0 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. (1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal; (2) Base: igual mês do ano anterior; (3) Base: igual período do ano anterior; (4) Base: 12 meses anteriores. |
Na comparação com dezembro de 2020, o volume de serviços avançou 10,4%, décima taxa positiva seguida. Houve altas em quatro das cinco atividades e em 69,3% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (14,9%) e o de serviços de informação e comunicação (9,9%) exerceram as principais contribuições positivas sobre o volume total de serviços. Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (7,5%) e dos prestados às famílias (21,5%). Em contrapartida, a única taxa negativa ficou com o setor de outros serviços (-4,4%).
No acumulado de janeiro a dezembro de 2021, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços cresceu 10,9%, com altas nas cinco atividades e em 74,1% dos 166 tipos de serviços investigados. As contribuições positivas mais importantes foram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,1%) e informação e comunicação (9,4%). Os demais avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,3%); de serviços prestados às famílias (18,2%); e de outros serviços (5,0%).
Serviços crescem em 19 das 27 unidades da federação em dezembro
Regionalmente, frente a novembro, houve altas em 19 das 27 unidades da federação, acompanhando o avanço (1,4%) observado no Brasil. Entre os locais com taxas positivas, o impacto mais importante veio de São Paulo (1,5%), seguido por Distrito Federal (9,3%) e Minas Gerais (2,3%). Já o Rio de Janeiro (-1,5%) registrou a principal retração.
Frente a dezembro de 2020, o avanço do volume de serviços no Brasil (10,4%) foi acompanhado por 24 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (13,1%), seguido por Minas Gerais (11,1%), Distrito Federal (21,5%), Rio Grande do Sul (13,3%) e Santa Catarina (13,1%). Em sentido oposto, Amazonas (-1,7%), Rondônia (-6,0%) e Piauí (-1,8%) tiveram os únicos resultados negativos do mês.
No acumulado do ano, a alta no volume de serviços no Brasil (10,9%) se deu nas 27 unidades da federação. O principal impacto positivo veio de São Paulo (11,5%), seguido por Minas Gerais (14,0%), Rio de Janeiro (7,3%), Rio Grande do Sul (12,1%) e Santa Catarina (14,7%).
Atividades turísticas crescem 3,5% em dezembro e 21,1% em 2021
Em dezembro de 2021, o índice de atividades turísticas cresceu 3,5% frente ao mês anterior, sétima taxa positiva nos últimos oito meses, período em que acumulou ganho de 66,7%. Contudo, que o segmento de turismo ainda se encontra 11,4% abaixo do patamar de fevereiro de 2020. Regionalmente, oito dos 12 locais pesquisados acompanharam a alta. A contribuição positiva mais relevante veio de São Paulo (5,7%), seguido por Paraná (6,0%), Distrito Federal (7,5%) e Rio Grande do Sul (4,0%). Em sentido oposto, Rio de Janeiro (-1,4%), Bahia (-2,2%) e Ceará (-3,9%) assinalaram os resultados negativos mais importantes do mês.
Na comparação dezembro de 2021 / dezembro de 2020, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 30,7%, nona taxa positiva seguida, impulsionado, principalmente, pelos ramos de transporte aéreo; hotéis; restaurantes; rodoviário coletivo de passageiros; locação de automóveis; agências de viagens; e serviços de bufê. Houve altas nas doze unidades da federação onde o indicador é investigado, com destaque para São Paulo (34,0%), seguido por Minas Gerais (48,5%), Rio de Janeiro (17,6%), Rio Grande do Sul (57,2%) e Bahia (33,1%).
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 21,1%, impulsionado, sobretudo, pelos ramos de transporte aéreo; hotéis; restaurantes; rodoviário coletivo de passageiros; e locação de automóveis. Houve altas nos doze locais investigados, com destaque para São Paulo (11,9%), Rio de Janeiro (16,9%), Minas Gerais (31,6%), Bahia (47,3%), Pernambuco (40,9%) e Rio Grande do Sul (39,0%).