Negando-se a dar uma entrevista "completa" (sobre o futuro, por exemplo, além dos bastidores do ‘caso’), o jornalista Walmir Rosário, que deixa a Secretaria de Assuntos Governamentais e Comunicação Social da prefeitura de Itabuna, fez algumas declarações a este blogueiro sobre sua saída do governo Azevedo.
Foi por telefone, do Alto Beco do Fuxico, local da autêntica boemia itabunense e que, a partir de agora, deve voltar a merecer atenção maior em sua agenda. É ali, onde encontra amigos de décadas, que Walmir Rosário certamente ‘baterá ponto’ mais assiduamente por pelo menos mais um mês, período em que vai se dar férias, depois da empreitada na SAGCS.
Em tempo: quando já ganhava contornos de um bate-papo de barzinho, a entrevista foi ‘suspensa’ depois que um amigo comum, o vereador Wenceslau Júnior, chegou no local e foi prontamente inquirido pelo ‘entrevistado’ sobre as articulações políticas envolvendo sua pré-candidatura a deputado estadual.
Sabe como é, né? Um jornalista entrevistando outro nunca conseguirá muita coisa depois da chegada de quem é, por excelência, a notícia em pessoa, o político. Coisas da vida… de jornalistas e de frequentadores do Alto Beco. Mas, a minientrevista a seguir teve o gostoso sabor de um papo na mesa do Artigos para Beber, boteco símbolo do Alto Beco, e é um prazer dividi-la com nossos leitores.
Como está se sentindo, depois de ter pedido para sair?
Estou bem. Muito bem. Tou aqui, no Beco do Fuxico.
De volta às origens…
Isso, de volta. Mas, se for ver, nunca abandonei. Apenas não estava podendo vir sempre.
A frequência ficou prejudicada… (risos)
Pois é. Mas agora poderei vir mais. Vou me dar pelo menos um mês de férias.
(‘Tentando surpreender o velho mestre’): Pois é. Mas, como se deu o pedido? Qual foi a reação? O que vai fazer agora?
Não… Não vamos falar disso.
OK. Publiquei, dia desses, no blog, que pessoas como você e Ricardo [Ribeiro, jornalista que pediu demissão do cargo de Assessor de Imprensa, da mesma secretaria], para terem saído, deveria ser por não verem o projeto andando. Disse isso sem saber de seus motivos, porque conheço os dois.
Mas é isso mesmo. Tínhamos vários projetos, mas não foram implementados, apesar de terem sempre a aprovação do prefeito.
Como pensei. Como você chegou à conclusão que era hora de sair?
Não sou criança. Assinamos e apresentamos, conjuntamente, eu e Ricardo, vários projetos ao prefeito, para dinamizar sua comunicação. Ele sempre os aprovou. Mas esses projetos nunca foram foram implementados. Ora, se o projeto é aceito e não é implementado, o recado está dado.
Não te queriam lá.
Entendi o recado e pedi para sair.
Mas algumas coisas andaram…
Ah, sim. A qualidade do material melhorou com a chegada de Ricardo Ribeiro. Isso ficou patente. Mas, poderia ter sido bem mais que isso.
